Conhecer os tipos de máscaras de proteção respiratória é o primeiro passo para a definição de qual a mais adequada para cada situação. Com o uso obrigatório de máscaras, em função do novo coronavírus, as dúvidas sobre qual o melhor tipo de proteção são muitas.
Cada profissão requer um tipo de máscara específico e com determinado grau de eficiência.
É por conta disso que as pessoas que estão na linha de frente da luta contra a Covid-19 devem ter acesso às máscaras apropriadas para a sua proteção.Enquanto a população, de forma geral, pode utilizar máscaras de pano confeccionadas em casa, seguindo as orientações do Ministério da Saúde.
Existem, basicamente, dois tipos de máscaras de proteção respiratória: aquelas que chamamos máscaras de proteção e as chamadas máscaras cirúrgicas. Entre elas, as maiores diferenças são que as chamadas máscaras cirúrgicas protegem contra infecções transmitidas por meio de gotículas, enquanto as máscaras de proteção formam uma barreira contra qualquer agente que possa ser inalado.
Seja uma máscara de proteção ou uma máscara cirúrgica, todos os tipos de máscaras de proteção respiratória possuem regulamentações específicas para sua produção e uso. No entanto, essas normas são variáveis de acordo com a realidade de cada país, especificamente. No Brasil tanto a ANVISA quanto o Ministério da Saúde são as autoridades que dividem responsabilidades sobre as normatizações de uso.
Cada máscara, tem a sua especificidade em relação ao uso. As máscaras cirúrgicas são equipamentos de proteção individual descartáveis. Ou seja: um único uso é o suficiente para inviabilizar o próximo uso. Já as marcas de proteção são equipamentos reutilizáveis. Algumas, que contam com um tipo de filtro interno de carvão ativado, por exemplo, podem ter também seus filtros trocados.
O tempo de uso sempre dependerá do modelo de máscara adquirido, uma vez que os tipos de máscara de proteção respiratória são diferentes entre si. O que sempre devemos ter em mente, no entanto, é que o limite de uso é sempre marcado pela sensação de umidade na máscara. Sempre que ela estiver úmida, deixará de ser eficiente e deverá ser trocada.
Existem diversos tipos de máscara de proteção e cirúrgica, bem como vários tamanhos.As máscaras devem ser, também, sempre ajustáveis, de forma que possam cobrir boca e nariz.
Existem alguns tipos de máscaras de proteção respiratória e cada um tem uma indicação. Algumas máscaras de proteção têm respiradores, que são muito utilizadas por pessoas que trabalham com produtos químicos, por exemplo, e necessitam proteger seu sistema respiratório dos gases por eles liberados.Outros tipos de máscaras de proteção respiratória, como a N95, são utilizadas em ambientes hospitalares para proteger o profissional de saúde de contaminações virais, como a causada pelo novo Coronavírus. Existem duas normas aplicáveis às máscaras de proteção, sendo uma a europeia e a outra a americana. As máscaras de proteção na tipificação americana são assim classificadas:
Classe N: como a N95, N99 e N100, são indicadas para o tratamento da Covid-19, MERS, SARS e H1N1 em ambientes hospitalares;
Classe R: máscaras que são também resistentes a óleo por até oito horas, como a R95, R99 e também a R100;
Classe P: máscaras que são absolutamente resistentes a óleos, tais como a P95, P99 e P100. Já as máscaras classificadas segundo a norma europeia, recebem o nome de PFF - Peças Faciais Filtrantes.
PFF1: essa máscara, dentre todas as da classe PFF, é a menos filtrante. Filtra até 80% de todos os aerossóis e tem, no máximo, 22% de fuga deles para o interior.
PFF2: filtra no mínimo 94% e tem, no máximo, 8% de fuga para o interior.
É utilizada em ambiente hospitalar para prevenir profissionais do contágio da Covid-19, SARS e Tuberculose, dentre outras.
PFF3: filtra, no mínimo, 99% de todas as partículas e tem fuga para o interior de no máximo 2%. É a máscara protetora mais potente que podemos ter acesso. Ela é utilizada por trabalhadores que precisam ser protegidos de partículas como o amianto, por exemplo.
As máscaras cirúrgicas triplas (descartáveis), antes da pandemia, eram utilizadas somente em ambiente hospitalar e por profissionais ligados à saúde. A máscara deste tipo é um equipamento de proteção individual descartável e tem por objetivo criar uma barreira contra vírus e bactérias transmitidos por meio de gotículas. Com os protocolos da pandemia, seu uso foi recomendado para a população em geral, para fins de prevenção e combate a Covid.
As máscaras de proteção respiratória são equipamentos de proteção individual cuja função é filtrar impurezas presentes no ar que podem causar danos a saúde. Seu uso, no entanto não se limita somente ao ambiente médico-hospitalar. Pessoas que trabalham expostas a agentes químicos, ao pó ou à fumaça também devem utilizá-las. As máscaras de proteção podem ter ou não acessórios filtrantes a elas incorporadas, como filtros de carvão ativado, por exemplo. Você deve optar por uma máscara desse tipo quando estiver exposto a qualquer agente dessa classe. Recemente a OMS recomendou a utilização dos respiradores PFF2 e N95 como forma segura de proteção a COVID.
As normas aplicadas aos diferentes tipos de máscaras de proteção respiratória podem ser determinadas de acordo com cada país em que são fabricadas, testadas e comercializadas. Conforme vimos, existem diferentes tipos de máscaras de proteção respiratória comercializadas no Brasil. A N95, N99 e N100 são aquelas nomeadas de acordo com a tipificação americana. Já as máscaras PFF1, PFF2 e PFF3 recebem essa nomenclatura de acordo com a tipificação europeia. Alem das máscaras chinesas que recebem a nomenclatura de KN95.
De acordo com a determinação da ANVISA presente em sua nota técnica GVIMS / GGTES/ANVISA Nº 04/2020 cada grupo envolvido diretamente na pandemia do COVID-19 deve utilizar um dos tipos de máscara de proteção respiratória. Na página 8 do documento encontramos as seguintes informações:
Todos devem constantemente higienizar as mãos com sabonete líquido ou álcool em gel 70% e tanto os profissionais de saúde quanto profissionais de apoio ainda devem utilizar também:
As doenças transmissíveis por via respiratória requerem atenção especial por parte do paciente, por parte da equipe médica e dos auxiliares que possam se envolver no processo de cuidado. Veja a seguir quais são as máscaras que cada um deve utilizar em caso de contaminação ou tratamento das principais doenças respiratórias.
Os pacientes que foram diagnosticados com tuberculose devem utilizar máscaras cirúrgicas, sobretudo quando estão em fase de contágio.As máscaras cirúrgicas evitam a contaminação do ambiente e de pessoas que estiverem ao seu redor através das gotículas respiratórias ou da fala.Já profissionais de saúde envolvidos diretamente ou não no cuidado de pessoas com tuberculose devem utilizar máscaras de proteção respiratória de classe PFF2.
Todos os pacientes com suspeita ou confirmação dessas doenças, bem como seus respectivos acompanhantes, devem utilizar máscaras cirúrgicas.Já os profissionais de saúde que tenham qualquer envolvimento direto com esses pacientes devem utilizar máscaras de proteção respiratória PFF2, no mínimo, sendo a PFF3 mais recomendada.
A máscara cirúrgica é um dos tipos de máscaras de proteção respiratórias descartáveis. Assim, logo depois de utilizá-la – seja por duas horas ou até que fique úmida, o que acontecer primeiro – deve ser retirada cuidadosamente e descartada em recipiente apropriado. Já as máscaras de proteção podem ser descartáveis ou não, a depender do seu tipo.Quando são máscaras de proteção respiratória com filtro, a depender do seu manual, podem ser feitas as devidas substituições apenas do elemento filtrante.
De qualquer forma, o fabricante é aquele que realiza os devidos testes e é o capacitado para fazer a observação de utilização correta.
O que difere os tipos de máscaras de proteção respiratória é o grau de eficiência em relação à filtragem do ar.As máscaras de proteção PFF são, em si, o seu próprio filtro e diferem apenas em graus de filtragem, sendo:
No entanto, cada uma dessas máscaras também têm um potencial de entrada de ar, chamada tecnicamente de “fuga”, sendo:
A máscara conhecida como N95 refere-se a um classificação de filtro de aerossol adotada nos EUA e equivalente, no Brasil, a PFF2. Ou seja, a diferença entre a PFF2 e a N95 se refere à nomenclatura utilizada em cada país. Uma das diferenças entre as máscaras N95 ou PFF2 para as máscaras cirúrgicas descartáveis se concentra no seu potencial de filtragem de gotículas. Sendo a principal diferença entre a máscara cirúrgica e a N95 é que a primeira não protege adequadamente o usuário de patologias transmitidas por aerossóis.
São eficazes contra infecções bacteriológicas e possuem três níveis: I, II e R. A combinação IIR torna a máscara cirúrgica resistente a salpicos e filtração bacteriana de pelo menos 98%.Já na norma americana, observamos três níveis, sendo: N1, N2 e N3. A N3 tem eficiência a exposição de fluídos, sendo recomendada para profissionais que lidam com riscos elevados de contaminação.
A eficiência da máscara de proteção respiratória N95 ou PFF2 é de 95%, com fuga de 8% para o interior da máscara. É utilizada para a proteção de profissionais de saúde envolvidos diretamente no tratamento de pessoas contaminadas por Covid-19, tuberculose, SARS e MERS.
Se necessário coloque outra máscara.
Conforme vimos, existem diversos tipos de máscaras de proteção respiratória e cada uma é indicada para um perfil específico de utilização.
No entanto, mais do que saber o tipo correto de máscara a ser utilizada para cada especificidade é a sua utilização correta. É somente através do uso correto que a máscara de proteção ou cirúrgica do tipo descartável tem total eficácia. Portanto, seja lá qual for o seu caso, se paciente ou profissional da saúde, tome sempre as devidas precauções tanto ao inserir uma máscara nova, seja para retirá-la e descartá-la. Essas são atitudes responsáveis que fazem total diferença e complementam o uso correto da sua máscara.
fonte: Mobiloc